Quanto mais eu tento fugir, mais você me prende, mais você me toca, mais você sussurra. Eu não quero mais, eu quero fugir...e quando eu tento correr...você me puxa de volta e voltamos ao zero.
Meu nome é trapo de pano, pois apenas sou usada e jogada de canto, sem valor algum... Sem apoio.
Estou quebrada, destruída estraçalhada, mas meus olhos não se fecham e minha respiração não se vai...contínuo aqui fadada a sofrer
Talvez esse seja meu destino, talvez essa seja minha vida, mas o que eu fiz para merecer?
Quando fui ver eu já estava aqui, deitada nesse chão frio sendo usada como um objeto qualquer
Puta, vagabunda, safada, cachorra, piranha, inútil, burra, vadia de todos, suja, imunda.
São tantos nomes que eu nem sei mais qual é o meu.
Eu não tenho mais sangue..o que está em minhas veias são apenas lágrimas e gritos contidos, quero correr, quero fugir, mas você atrapalha… Eu me atrapalho.
-
Autor:
emanuele (
Offline) - Publicado: 24 de Outubro de 2022 19:01
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 21
Offline)
Comentários3
Tantas mulheres passam pela mesma situação.
E trazer esta realidade de uma forma poética, é excelente e corajoso.
Parabéns.
É um excelente tema para reflexão da situação de algumas mulheres no Brasil no mundo.
Bom dia e excelente semana!
Reflexivo e atual devido até os tempos de hoje o Macho não respeitar a liberdade da Fêmea que geralmente é quem cria as crias sozinha ! Paz e Bem Poetisa ! beijusss !
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.