SEM UMA PRESENÇA

... poeta do cerrado ... Luciano Spagnol



Não tenho a quem recitar os meus versos

Dos devaneios, medos, do poetar de amor

Com emoção, sensação, de rumos diversos

Colocando sentido e sentimento ao dispor

 

No silêncio, sem um olhar pra permanecer

Logo, a solidão poeta e o poeta na solidão

Declama os seus versos para o amanhecer

Tentando poetizar a prosa sem interação

 

É triste a quem não ter os versos para ler

A cada momento o ledor sem comparecer

E no tormento a imensidão da indiferença

 

Então, o instante é de companhia distante

E o poema fingindo ser um acompanhante

Quando, a poesia é fira sem uma presença

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

04 outubro, 2022, 19’25” – Araguari, MG

 

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)

Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado



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