TRISTURA (soneto)

... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol



Triste é redigir a poesia, com sofrência

Daquele amor que se conheceu um dia

O amor inteiro, de cortesia, de quantia

Vê-la desvaísse sem qualquer anuência

 

Triste é ter prosa na saudade, chateza

Daquela ausência que já fez suspirar

Do coração calado, outrora a palpitar

É ter o verso murmurante de tristeza

 

Triste é tanto silêncio, falta no versar

É o amor sem a poética para se amar

São os cânticos poetizados com ilusão

 

Triste é a recordação sem recapitular

A inspiração que não quer mais falar

É redigir a poesia, triste, sem paixão!

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

24 setembro, 2022, 22’05” – Araguari, MG

 

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)

Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado

Comentários +

Comentários3

  • Maria dorta

    Lindo teu poema. Parece ser ressaca de um amor que não resistiu ao tempo. Mas,ainda tem muita sofrência por algo que não vingou e hoje,não mexe mais com quem o vivenciou. Muito lirismo no meio de tua tristura! Aplausos!

  • ... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

    Muito obrigado Poetisa. Apreciado a leitura e comentário.

  • LEIDE FREITAS

    Poesia, amor, sofrência e saudades. Belo soneto. Encantada.

    Até breve, poeta do Cerrado!



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