EU
Qual o valor de estar certo?
Se na certeza contém injustiça? Assumo minha vontade de gritar, EU acertei, é isso que SOU.
No auge da minha inveja e servidão grito como, Deus.
Cheguei a tal ponto, que mesmo as certezas tristes me aquietam, porque me confortam a cara com expressão sutil de ''EU avisei''.
O que importa é estar certo e vazio de afeto. Mais recheado de certezas, das poucas coisas que conheço. Mas de que vale ter o juízo sem a beleza contemporânea da covardia humana? Vale estar certo, no final é tudo vaidade, é tudo
correr atrás de narciso. EU e nada mais chega no ponto escuro onde minha vulgar vontade de dizer: EU SOU.
-
Autor:
Luiz Tharik (
Offline)
- Publicado: 3 de outubro de 2022 09:44
- Categoria: sociopolitico
- Visualizações: 8
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.