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Repousas calma e serena
no vargedo dessa casa solitária.
Desabitada de mim, em si mesmo,
entre batalhas e atropelos, segue.
Agora o silêncio se apossou,
imprudente, desalinhando esses aís.
Foi como a maresia penetrando,
sorrateira, esses espaços e teus medos.
Cicatrizes nessa face ensimesmada,
entre pudores, dores e infortúnios.
Outra vez teu corpo destoante, trêmulo,
buscando, no repouso, teus amores.
Morre a tarde! Outra noite se anuncia.
Frio, faz frio, muita calmaria e desordem!
Onde havia luz, agora esse escuro insistente,
entre rancores, entre saudades lancinantes.
Pouco ficou daqueles dias, dias claros!
Mais incertezas e desamores se anunciam.
É tarde para alguns, cedo para tantos...
Não importa a vida que me cabe, vivo!
Repousas entre lembranças e lamentos.
Silenciosa cumplicidade entre tropeços.
O que está feito não tem volta, sigo.
Nada mais importa nessa vida de arremedos.
- Autor: JTNery (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 30 de setembro de 2022 07:18
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 9
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