#armas_não

Antonio Luiz

enfim, guarneci meu verso

na aljava, palavras-frechas

celérrimas setas, e um arco

suficientemente tensionado

pra atingir qualquer ponto

não vou me eximir da luta

ainda que noutros campos

por certo, com mais efeitos

incitando a rever conceitos

longe dessa cruel matança

distante das armas de fogo

coisas de projetar maldade

de um tipo inculto covarde

execro-as nos dois sentidos

do cabo pra massa de mira

e da boca do cano pro cabo

as balas que as atravessam

só movem amargos recados

e como mortos não pensam

não os esperam replicados

aqueles que as empunham

em resplendentes coturnos

ou nalgum trapo saqueado

  • Autor: Antonio Luiz (Offline Offline)
  • Publicado: 28 de setembro de 2022 09:04
  • Categoria: sociopolitico
  • Visualizações: 20
  • Usuários favoritos deste poema: Vênus
Comentários +

Comentários2

  • Maria dorta

    Poema bem expressivo e mais que necessário para expurgar os bárbaros que pregam o uso de armas. A paz se faz com comida na mesa,moradia para os pobres e escola para as crianças aprenderam que é com Amor que de constrói a Paz. Aplausos,!

    • Antonio Luiz

      Cara poetisa, Maria!
      Fico sempre muito lisonjeado com sua leitura e seus comentários: obrigado!
      Novamente, curvo-me aos seus aplausos!

    • Shmuel

      .. "distante das armas de fogo
      coisas de projetar maldade
      de um tipo inculto covarde"...

      Perfeito, um poema oportuno para o momento.

      Abraços!

      • Antonio Luiz

        Caro poeta, Shmuel!

        Obrigado pelo seu comentário!

        Abraços!



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