Tristonho sino que a noite cobre,
Na torre erma silente a envelhecer.
Na catedral d'alma seu velho dobre,
Ainda ouço plangeres no entardecer.
Velho sino que me viste ir sozinho,
No meu peito levavas eu calado...
Sonhos que doiraram o meu caminho,
Distantes os ecos do meu passado.
Olvidando mágoas foram deixadas
Dores minhas, ó árias lacrimosas,
Para trás como rosas desfolhadas.
Ai, recordações da tarde em seu fim,
Caindo lentas as sombras langorosas
Nas flóreas veredas deste jardim.
(Soneto publicado no livro Antologia Lira da Morte - Ressurreição.)
Thiago Rodrigues
- Autor: Thiago R ( Offline)
- Publicado: 22 de setembro de 2022 14:30
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 7
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