Mais uma vez
Mais uma vez, eu caí
Estava caminhando alegremente pelo bosque
e despenquei neste buraco camuflado pelas folhas
O buraco é tão fundo
O lugar de onde eu entrei
Era menor que o buraco de um alfinete
Enquanto eu despencava no poço do inferno
Lembrei -me.
Lembrei-me do porquê estava alegre no bosque
Finalmente achei aquele Ypê branco
Finalmente eu vi aquela borboleta tão linda
Finalmente eu dei pipoca aos passarinhos
Finalmente eu me senti em casa
Mas agora eu estou em direção a morte
A morte é inevitável, o que posso fazer?
o Meu Escuro me dominava perante a imensa queda
Parecia que eu estava caindo faz dias ou meses
Isso... Não tem fim?
Espera, acho que eu vejo algo no fundo
Parece... Pontudo
Comecei a ver vinhas que penetrariam-me facilmente
Eu acho que me arrependo de ter visto o Ypê branco
De ter dado pipoca aos passarinhos
De ter me apaixonado por aquela borboleta roxa
Onde está a minha borboleta roxa?
Ela não está mais comigo agora.
- Autor: Meu Escuro (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 19 de setembro de 2022 23:10
- Comentário do autor sobre o poema: ela tirou minhas asas.
- Categoria: Carta
- Visualizações: 17
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