Estenderam-se os rios entre os montes,
Como uma fria lembrança que dentro de mim vagasse,
Nos ermos silêncios das luzidias entranhas,
Perdidas algures na lembrança esquecida.
No relógio velho sem corda e quebrado,
Da sala da consciência estremecida,
Badalavam fortes as horas sofridas,
Em uma ânsia carcomida e triste.
Parei com o rosto já marcado
No vento do tempo eriçado,
Tocando em minha pele ferida,
Só pra deixar as marcas indeléveis,
Do tempo lúgubre e vazio, implacável!
Que não permite indolência.
Eu já vivi estes tempos idos
Entre anedotas e surrealismos.
Hoje a vida é a eterna ceifadora
Dos erros aprendidos ou ignorados,
Que o silêncio guardou em mim.
Foi eterno e malgrado fiz em ter
O pensamento sufocado em mim,
Entre os anos que passaram voejando,
Como névoa evanescente.
Fiquei aturdido dentro de mim
Sem entender os meus caminhos,
Tão difíceis e pesados!
Hoje quando olho o caminho percorrido,
Sinto a ânsia a apertar o meu peito
Na indagação do tempo que resta.
"Rios e Montes...
São dois Elementos se amando!
Pois, são a Água e Terra...
Que se apaixonaram...
E junto com os outros dois Elementos...
O Ar e o Fogo...
Vão formando vidas aos montes"
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PAZ E BEM
- Autores: Tiago Slonik Lacerda (Pseudónimo, SANTO VANDINHO
- Visível: Todos os versos
- Finalizado: 26 de setembro de 2022 20:00
- Limite: 15 días
- Convidados: Público (qualquer usuário pode participar)
- Comentário do autor sobre o poema: Versos brancos, quantidade variável de versos por estrofes: variável, mínimo de quatro versos e máximo dez seguindo o corpo do poema.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 22
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