O Caminho Flutuar dos Cestos de Balões

Jp Santsil

Existe um manancial esplendor de fonte de ouro ilimitada na vida de cada pessoa que vem a este plano. Um ilimitado potencial criativo de possibilidades infinitas de poder e magia para fazer tudo o que se quer acontecer. Porém, caminhando por aí… vi as pessoas dentro dos seus cestos de balões, e vi o mundo como um céu repleto de cestos de balões multicoloridos e diversos a flutuar.

Vi cestos de balões pequenos, médios, grandes e até gigantescos!

Individuais e duais; familiares e organizacionais; empresariais, institucionais, governamentais e corporativos.

E, de olhos atentos para o infinito céu de possibilidades infinitas…, vi o constante movimentar do sobe, desce e estagnar dos cestos de balões. E nesse simples observar… vi que os cestos flutuavam ao se acrescentar um balão, ou vários balões, levando em consideração a proporção exata de se sustentar em relação ao seu peso… e vi sacos contendo areias que serviam de pesos também…, e vi o momento certo de desamarrar as cordas que prendiam os cestos ao solo.

Vi inúmeros cestos de balões (pequenos, médios e grandes) que, com grandes dificuldades para flutuar, nem sequer saiam do solo.

Vi cestos de balões, independente do seu tamanho, estagnados no imenso céu, movidos apenas por: o acaso dos ventos.

E vi poucos cestos de balões, não importando o seu tamanho, subir e subir… mais e mais… até sair do limitado campo de visão dos meus olhos.

Eu vi pessoas cheias por dentro entrarem nos cestos pequenos, médios e grandes… e, percebi que algumas dessas pessoas estavam cheias de ar e outras cheias de areia. Umas eram balões e outras eram sacos de pesos.

Nisso! Observava constantemente os muitos cestos desproporcionais ao leve flutuar… cestos que não subiam… cestos que subiam e depois estagnavam… e, também, cestos que subiam tanto que desapareciam.

Vi que os cestos que subiam e desapareciam, independentemente do seu tamanho, estavam repletos, ou repleto, de personalidades leves, livres, corajosas, de fé inabalável e boas na conduta do seu coração, e continham em si mesmas muito ar, esses eram os balões.

Já os cestos que não subiam estavam lotados, ou lotado, de personalidades ranzinzas, frias, medrosas, tímidas, preguiçosas, desesperançosas e maldosas, carregando em si mesmas muita areia, essas personalidades eram os sacos de peso.

E os cestos que subiam e depois estagnavam, eram as personalidades que foram com toda fé no caminho do leve flutuar, mas ignoraram que, primeiro deveriam, antes de adentrar os cestos, se esvaziarem das suas dores, traumas, depressões, avarezas, medos e complexos por completo…, e vi que essas personalidades eram pequenos balões amarrados a sacos de pesos, que mesmo flutuando, a níveis baixos, carregavam consigo mesmas o seu atraso e as suas dores.

Vi cestos pequenos, com apenas um indivíduo, flutuar para o incompreensível dos céus…, e se tornar astros e estrelas; assim, como, também, vi indivíduos flutuar e estagnar em seus cestos, remoendo suas dores e desacreditando do que é, diz e faz; e indivíduos que se propôs a flutuar, se arrastando com muito esforço para os seus cestos, que nem chegaram a se elevar um centímetro do solo, pelo contrário, havia até cestos que quando esses indivíduos adentravam, afundavam ainda mais na grama verde do imenso campo dos cestos de balões.

Vi cestos médios com dois indivíduos, esses eram casais, amigos e sócios, e a história era a mesma. Quando estavam em comunhão, manifestando harmonia e perfeição, flutuavam para o infinito, repletos de ar em seus cestos decolantes. Já quando estavam em desarmonia e se tornavam pesos um para o outro, em suas intrigas, se esqueceram de desamarrar a corda que prendia o cesto ao solo, e fingiam juntos estarem flutuando, pesando no chão, até juntos se afundarem em seus cestos.

O mais triste foi ver os cestos que flutuavam e estagnavam, em que esses dois indivíduos que compartiam os mesmos cestos, serem desproporcionais no caminho do leve flutuar dos balões. Já que um se tornava a desgraça e o atraso do outro, sendo um: o balão, e o outro: o saco de peso. Assim, o balão flutuava e com sua força e seu extremo esforço se elevava do solo…, mas, em contrapartida, o saco de areia pesava, estagnando no ar o leve elevar constante do cesto. E, vi cestos estagnados no ar… que de tanto o balão se esforçar, cansado e sem esperança, começava a murchar! E assim, vi esses cestos lentamente caírem e se espatifarem no solo, pelo peso constante do companheiro saco de areia! E vi que essa derrota não só dependia do saco de areia, mas, como, também, do próprio balão…, que por medo e receio, e não acreditar nele mesmo, duvidando do poder que tem…, ainda estar apegado ao outro indivíduo saco de peso que só o atrasava, chegando a destruir o seu próprio caminho flutuar.

E os cestos grandes que vi, eram as famílias, associações, comunidades, escolas, empresas, empreendimentos, corporações e toda coletividade de indivíduos unidos em um só propósito, intento e uma só função. E nesses grandes cestos vi pessoas sendo pesos e pessoas sendo balões…, cestos flutuando para o sucesso e progresso; cestos presos ao solo; e cestos elevados, mas, limitados, estagnados no imenso céu de possibilidades infinitas, pela maioria dos pesos serem desproporcionais ao tamanho ou quantidade de balões…

E no caminho do flutuar dos cestos de balões, vi que para o observador o peso é ignorado, e só o balão é notado.

E vi que o peso, também, pode, em alguns momentos, ser necessário… até para que o balão não se perca. Porém, deve ser colocado à beira do cesto, do lado de fora, para quando for necessário, ser furado, fazendo com que areia, que o preenchia, se derrame no mais alto dos céus, esvaziando-se lentamente no subir constante do caminho flutuar dos cestos de balões.

E, no meu pequeno e generoso cesto a flutuar… vi uma coisa que me surpreendeu! Uma exceção! Um mistério!

Vi uma personalidade tão leve e sem cesto a se elevar diante dos meus olhos…

Ela era só balões. E isso me fez questionar… ?!?!?

… que nem mesmo de cestos, é preciso para flutuar.

E para ela…, que apenas só com balões flutuava, ofereci flores que, também, pesavam em minhas mãos. Desequilibrando o cesto no flutuar do meu balão…

Ela, me ignorando, apenas se elevou cada vez mais em plena e grande imensidão.

Sem cesto…

Sem peso…

Sem flores…

Só com balão.

Me deixando estagnado…, como se também estivesse pisando no meu cesto, a flutuar e se elevar, o solo… o chão…, sendo eu o meu próprio peso, no meu próprio ser balão!

  • Autor: Jp Santsil (Offline Offline)
  • Publicado: 7 de setembro de 2022 08:18
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 5
Comentários +

Comentários1

  • Shmuel

    Uma bela alegoria nobre poeta! Um texto agradável e contemplativo!
    Abraços!

    • Jp Santsil

      Gratidão!



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