NOVAMENTE (cerrado)

... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol



Inverno, secura no cerrado, tempo ateu

Galhos desfolhados, chuviscos cobiçosos

Numa imensidão dos diversos frondosos

O ipê, na aspereza, com beleza floresceu

 

Melancólica brisa, surgiu, e se escondeu

Aquele horizonte em devaneios saudosos

Aguerridos gramíneos em vigores teimosos

Cá em agosto no planalto, singular apogeu

 

Tudo empoeirado, rara aquela boa aragem

O vendaval se atirando no infinito do nada

Desnudado os tortos galhos, díspar imagem

 

Mas, o cerrado convertedor, intensamente

Passa tão audacioso pela árdua temporada

Para em outubro, viçoso, brotar novamente

 

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

27 agosto, 2022, 16’16” – Araguari, MG

 

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Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado



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