Isabela Fenix

A morte, não me favoreceu

Eles dizem
Tu vai esquecer
E nem vai lembrar
Mas, isso não faz parte de mim
Esquecer
Eu não consigo
Esquecer.

Mesmo em meu último suspiro
Teu rosto
Estará lá
Nebulosamente

Me esperando
E eu ansiosamente anseio por este momento
Quando tu em minha direção estender as mãos
Anseio por este momento

Eu não deveria
Não deveria ansiar pela morte
Convidá-la para tomar um chá da tarde

Mas, anseio

E me sinto culpada

Porque, eu deveria tentar
Ser feliz; mas, está cada dia mais difícil.

Por quê, é tudo tão...denso e cinza?

Lá fora não chove
Mas, em meu coração chove
Meus olhos transbordam
E em minha pele escorre

Nunca mais serei a mesma

A morte te levou
E sinceramente, à amaldiçoou! 

Maldita à seja! 

Eu a odeio! 

Pois, deveria ser eu
Eu, e somente eu
E não você

Deveria ser eu
Indo
Indo
Indo pra qualquer lugar

Menos aqui

Deveria ter sido eu

A morte, não me favoreceu
Ela me condenou. 

Quando tudo o que eu mais queria, é você. 

Só você. 

Estou sozinha, outra vez. 
Estou, sempre sozinha. 

Tu nunca me favoreceu...

Me condenou...sem misericórdia.

Em tuas mãos

Segura em tuas mãos

Condenada e sozinha

 

  • Autor: Fenix (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 4 de Setembro de 2022 00:04
  • Categoria: Triste
  • Visualizações: 16
  • Usuário favorito deste poema: SANTO VANDINHO.

Comentários1

  • SANTO VANDINHO

    Reflexão e Magia pura, pois a Morte é pura Magia! / "Estudei Grego, mas me esqueci o pouco que aprendi !" Paz e Bem Poetisa !

    • Isabela Fenix

      Obrigada pelo gentil comentário. 😉



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