O peregrino

Eu não te desejo o mal nem o pior dos finais, era oque eu repetia para mim mesmo. Mas com o tempo a se passar, a minha mente vagava por uma vasta imensidão chamada dúvida, ela permanecia e me fazia questionar, se tudo oque vivemos valeu de algo? Ou se fora em vão todos nossos momentos juntos, desde as mensagens de bom dia até às brigas banais, eu sinceramente nunca irei saber, afinal quem poderá me responder isso?

Noites vagas com a cabeça preenchida pela maldita pergunta que um dia eu a fiz, "você me ama" eu a questionava, mas não a espera de uma resposta e sim de um sentimento, verdadeiro e direto, assim como uma flecha que caminha em direção ao seu alvo e no momento que o encontra não se desprende.

Talvez eu seja um tolo por dedicar o pouco tempo que me resta a você, pensando em como saímos de "um final feliz" para "essa história é baseada em fatos reais", me assusta ter que enxergar a verdade por trás dessa bela história que vivemos, cheia de descobertas e relações sublimes.

Porque após andar sem rumo, encontrando e desencontrando diversas vezes eu acabei achando você, de certa forma como uma bússola que no fim me guiava. Mesmo em tempos difíceis nunca há de quebrar, me mostrando o caminho e nunca me deixando perdido, pelo contrário você me ensinava todos os dias a andar pela estrada, porém uma tarde essa bússola fora a se perder, e eu, apenas um peregrino agora sem rumo, me perguntava se conseguiria encontrar novamente o local de partida, pois não via mais outra saída se não retroceder para onde tudo havia começado.