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Uma voz que clama, que grita, persiste.
Uma parte de mim que se esvai, reclama.
Se dilui nessa tarde de mormaço, reticente.
Sempre foi assim! Esses meus clamores e desamparos.
Sentimentos se perdem com o tempo,
se desfazem nos desertos, numa tarde, cada dia.
Tarde para novos amores e paixões desmedidas,
entre cicatrizes brotando, subvertendo a vida.
Tantos gritos, tanto medos, tanto flagelo.
Sinto-me torpe, cansado nesses arremedos...
A vida é isso? Tantas tempestades e ilusões?
Desmedidos olhares sem esperança, amofinam.
Outra vez essas madrugadas insones,
relevando reticências, infortúnios, nutrindo espanto!
Viver é isso? Tantas máscaras, tantos choros, muita fome!
Fome de amor, de beleza, de sorrisos, fome!
Reticentes tardes se repetem! Quanta mesmice!
Promessas já não bastam, não acalentam meus sonhos,
inundando minhas noites de insônias, de remorsos.
Viver é essa mescla de lembranças e desenganos?
- Autor: JTNery (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 29 de agosto de 2022 07:03
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 22
- Usuários favoritos deste poema: SANTO VANDINHO
Comentários2
Teu poema é um grito que clama no escuro da solidão e da emoção desmedida das desilusões dessa vida
bom dia.
É isso mesmo.
Um abraço
Reflexiva poesia sobre o (VIVER), que no meu entender se Resume em (SI CUIDAR E CUIDAR) que é também o verdadeiro (AMAR) ! Paz e Bem Poeta !
Oi...
Bom dia.
Um abraço.
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