Marçal de Oliveira Huoya

Fama

E quem merecerá o nome

Se tantos se chamam assim

Um eu sou e basta

Vaidade sem pejo

Espelho generoso e benfazejo

Todos da mesma casta

Encobertos pela nevoa da frivolidade

Das obviedades e dos lugares comuns

Trafegam misturados como silhuetas indistinguíveis

Rostos ocultos iguais sendo imperceptíveis

Propositadamente pois é melhor assim

Protegidos pela celebridade kitsch

Enfim são imortais

E quem dirá que não

E quem dirá que sim

O tempo é de fartura e fama

Do que é prosaico

O mosaico de uma parte

Que deitou na cama

Se denominando arte...

  • Autor: Vênus (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 26 de Agosto de 2022 19:02
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 12

Comentários1

  • Maria dorta

    Tens toda razão neste poema quase denuncia. Hoje em dia, algumas famas são " fabricadas"! Bravo!



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