Relutante

Isabela Fenix

Ela se afastou dele e se retirou para a janela.
Ela detestava como o céu era azul, a grama era verde e como as folhas estavam ficando coloridas.
Foi tudo lindo; mas não deveria ter sido, deveria ter sido repulsivo. Tudo isso.
Amá-lo não deveria ser lindo.
Deveria ser repulsivo.
-Minha família, não aprova você.
-Eu sei.

Houve um silêncio opressor. 


Nada daquilo fazia o mínimo sentido.
Por que, amá-lo, me faz feliz?
Mas, sinto que estou desmoronando.
As estações vem e vão
Mas, meu amor, permanece.
Por que, me sinto tão triste e vazia?

Eu odeio, como esta grama brilha
Quando penso em você
E eu odeio, como ela seca, quando penso em te deixar.
Preciso de um bom motivo
Mas.
Por que, um bom motivo para ir e um péssimo motivo para ficar?

Talvez, seja adeus
E eu esteja, apenas relutante em te deixar ir.
Mas, querido, tu entende que estou relutante, é porque, eu te amo?! 
Mas, não deveria.
Talvez, não seja eu
Ou talvez, seja.
Eu e essa mania
De amar sem medidas
Pois, o amor, não é, um para ser medido
E sim, vivido, sentido.
E sem isso, sou apenas vazio e esta grama verde e seca.
Eu realmente preciso disso.
Dê-me, um bom motivo.
Para não te deixar.

 Mas, mesmo se tu não der

Eu não consigo te deixar. 

 

  • Autor: Fenix (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 9 de junho de 2020 00:05
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 14
Comentários +

Comentários1

  • Hébron

    Sua poesia de um amor dramático se desenvolve como um filme. Dá para ver até as imagens.
    Abraço!



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