O Porão.
Uma casa com uma Linda fachada.
Fachada, estética, Aparência
Aparências enganam, ocultam, simulam e dissimulam o que existe dentro.
Dentro existe paredes Cinzas, um ar rustico, agradável a quem passa pela Porta.
Outra porta, mais ao fundo, escondida, longe da visão, Porta velha e arranhada que não chama atenção, Ninguém da atenção, ninguém se interessa.
Interessante!, ele se interessa, a porta do porão.
Uma porta que não é trancada, é velha e enferrujada, mas só ele sabe o jeitinho de Abrir
Ninguém á abre, ninguém a vê, Ele vê, ele a sente, abre e entra.
Um Porão, Úmido e escuro, só ele conhece
Ele é escuro e úmido, e lá se sente menos cinza e rustico.
Basta entrar e acender a luz, e lá ele encontra luz, lá ele é a luz, lá ele se ilumina.
Despido de Roupa e Fachada, lá, ele é ele, ele é quem queria ser.
Quando entra ele sente que sente, quando sai, sente por sentir.
Volta a ser Rustico, a observar a porta, a desejar o próximo dia, pra enfim abrir novamente a porta, entrar no seu mundo, na sua outra realidade que não é real.
A porta é real, a sensação é real, A casa não é mais Real, as paredes não são reais, não tem paredes, agora são grades onde o vento frio atravessa.
Agora só existe aquela porta, em pé e sem apoio, sem escada, apenas a porta e o nada.
A porta não abre, a porta não tranca, apenas a porta.
Que Porta? Não tem porta. ELA era a porta, ELA era o porão, ELA era a umidade e a Luz.
Não tem porta, não tem porão, só tem ELA.
Onurb.10/08/22
- Autor: Onurb ( Offline)
- Publicado: 22 de agosto de 2022 09:06
- Comentário do autor sobre o poema: Adoraria saber se houve impacto no leitor, se conseguiu sentir, Grato pela leitura
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 29
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