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Lá vai o poeta com sua coroa de louro,
Sopa de letrinhas, salada de palavras
E seus moinhos de vento para mover o dom,
Seduzir pedras, catedrais, corações e mentes!
Escrever é preciso para eu viver e navegar!
Escrevo sem ver o tempo passar e ver até onde vai dar essa paixão sem limites!
Escrevo até uma folha acabar, sem dessa 'folha precisar'...
Escrevo só com o pensar!
Penso... e concluo que não existo sem versar!
Uma obra, legado, registro, testamento, pensamentos, calhamaços...
POESIA...! Pronto... e ponto, dois pontos, reticências...!
Aí vai o poeta, só mais um e menos um bruto por só querer matar de amor!
E escrever e escrever... recitar o que escreveu, escrever o que já viveu
E viver ou reviver o que tanto escreve ao se ler, reler, revisar, 'revisitar' e não 'se reconhecer'!
Escrever parece que é tudo o que sabe fazer mesmo parecendo 'não saber',
Mesmo não sabendo o 'porquê', sobre o que escreve...
Ele chama de 'poema' o que escreve, e o que permite transcrever a própria vida,
Interpretar um delírio e viver um sonho!
Eis aqui um poeta... com cara, boca, jeito, tudo de poeta!
Com uma coroa de espinhos da paixão, uma garrafa térmica, asas de liberdade poética,
Uma camisa que era do Georges, um cinto de normalista(na boca), e seus gafanhotos
E hidromel da poesia para talvez cruzar um 'deserto virtual' onde também não se importa de entoar o seu sarau!
E quando de lá voltar vem como um poeta, fazendo o que fazem os poetas,
O que faz de alguém um, tentando emocionar, cativar, conquistar, quiçá se consagrar...
E fazendo o que um poeta faz de melhor que é 'poetar'!
Poema que canta e encanta com formas de musa e seus 'pés' de versos!
Lá vem ele, bardo e poético com os seus versos livres(de impostos) como ainda é o sonhar!
Um escritor especializado em poemas!
Cultivador de ilusões, manipulador de impressões,
Com vasta experiência em paixões mal resolvidas e prática em amores impossíveis!
Poema é o próprio 'poeta'...!
Poema é a luz que brilha lá no céu(com diamantes!)
Lá vai o poeta com mais um poema fresquinho, um mar de rosas a oferecer, muito amor pra dar, sorrisos para arrancar!
Poema com seus problemas de poema; escandir, rimar ou não, seduzir, só encantar... poesia é a questão!
Poema é a luz numa ideia para um tema... é a própria poesia, a escrita, a fala, o dom!
Poema é a luz, um Big Bang, o pôr do sol, a solidão da madrugada com aquele trem já lotado que vai lá longe...
O sonho, o som, a fúria, o fogo, a paixão!
Lá se vai o poeta buscar mais poesia misturada as estrelas!
E quando volta ainda é o mesmo poeta mesmo sabendo que pode ganhar o mundo com algumas palavras
Que o devorem, fujam de seu controle, invadam corações, mentes, almas, atravessem o tempo e o eternizem!
MAIS DE MIM EM:
https://gustavoreymond.blogspot.com/
- Autor: DAN GUSTAVO ( Offline)
- Publicado: 17 de agosto de 2022 14:26
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 18
- Usuários favoritos deste poema: Dodo, Vilmar Donizetti Pereira
Comentários3
Que maravilhosa narrativa, estou encantado! Parabéns!!
Obrigadão Dodo...! Fico grato e lisonjeado! Um bom dia e volte sempre, meu irmão em letras!
Você discorreu muito bem sobre todas as nuances do labor poético que está vivo no bardo. Eu gostei muito... Um abraço, bom dia!
Vilmar, muito obrigado! É muito importante e gratificante saber que posso compartilhar com vocês meus irmãos em letras, um pouco das minhas experiências convertidas nessa vervezinha que procuro compartilhar manifestando por aqui em forma de poesia! Um bom dia, meu irmão em letras e volte sempre!
A folha branca vazia ansiando um rascunho, um projeto existencial a ser levado pelo vento. É isto que nós poetas fazemos.
Abraço
Pego essa mesma folha e assino em baixo, Breno, meu amigo! Muito obrigado por também compartilhar! Uma ótima semana, meu irmão em letras!
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