Pela cor da pele...
Segrega-se, humilha-se... mata-se!
A odiosidade impele a humanidade,
joga-a, sem qualquer dúvida,
no fim da fila das iniquidades.
Mas, não é apenas uma opinião.
Não é um pensamento individual.
É uma mácula estrutural,
manchando o cerne da sociedade,
rompendo o frágil tecido social.
Sangrando, imolando... sufocando
a voz da comunidade.
Que, oprimida, revolta-se e grita,
Rebela-se e briga.
Mas, não basta o clamor legítimo das ruas,
não basta o calor intenso das chamas.
Deve-se atingir o âmago das almas,
corroídas pelo ódio do preconceito,
resgatando, então, a humanidade perdida
na fila do descaso e da arbitrariedade,
germes dessa barbárie ensandecida!
- Autor: Helio Valim (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 8 de junho de 2020 13:37
- Categoria: Sociopolítico
- Visualizações: 18
- Usuários favoritos deste poema: Ernane Bernardo
Comentários2
Poema de protesto e de verdade.
Nunca se cale, poeta.
Abraço
Obrigado, meu amigo! A melhor crítica sempre será aquela feita por outro poeta! Um abraço!
Parabéns poeta pelo lindo e verdadeiro poema:
"É uma mácula estrutural,
manchando o cerne da sociedade,
rompendo o frágil tecido social.
Sangrando, imolando... sufocando
a voz da comunidade."
Favorito!
Abraço amigo!
Obrigado pelo comentário! Fico muito feliz que através de mensagem poética possamos denunciar a fragilidade de nossa sociedade! Um grande abraço!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.