Gabriel Lemos

Selária

  Já nem sei o que é realidade, sonho ou lembrança

  Ou será que ainda to chapado da minha ignorância

  As vozes na minha cabeça me dizem que é inútil

  Ou será que a voz sou o Eu perdido no escuro?

  Na real quem sou eu?

  Narrador personagem ou observador?

  A verdade é que estou observando o novo personagem que você criou

 

 

   Eu sou uma bagunça como você deve ter visto

   Com certeza meu Eu psicopata matou meu cupido

   Mas minha vontade é só tirar o meu visto

   Pra sair voando com meu novo vicio

 

 

  Mas to preso no meu próprio cativeiro

  Irracional

  Mental

  Letal

  Penso tipo

  -Não tem jeito

 

  Mais uma noite lutando com meus demônios

  Na cor de sangue eu encontro

  Vicejando na sombra adentro

  Uma flor misteriosa e rara

  Muito procurada pouco encontrada

  Selária

 

  No meu cativeiro como um pássaro

  Penso se essa flor é pro meu bico

  Não tenho nada então á sigo

  Inutilmente

  Penso comigo

  Não se prende a liberdade

  Raciocino

  Mas de liberdade eu preciso

  Então me afundo de novo no meu vicio

 

 

   De fato sou uma bagunça eu te digo

   Não sei o que você espera de alguém perdido

   Não espera nada eu imagino

   Mas continuo só querendo tirar meu visto

   E sair voando com meu novo vicio

 

 

  E não posso esquecer do passaporte

  Porte esse de desejo, medo e porre

  De ficar sem meu vicio e minha sorte

  De saber que tu tem tudo e eu um nome

  De uma flor vermelho-sangue

  Que dediquei a essa letra o nome

  E ao meu vicio, sua beleza e renome

  • Autor: Gabriel Lemos (Offline Offline)
  • Publicado: 13 de Agosto de 2022 20:26
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 5


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