Nesse lugar gélido,
Esse que sempre se fez assim.
Esse que já me pertenceu,
Mas abruptamente foi tirado de mim.
Sem piedade, arrancaram minha guarda e destruíram meu castelo.
Cortaram-lhe as raízes para que não se recompusesse.
Assim, finalmente, beirando seu fim.
Para que felizes fossem,
Meu Coração ergueram, exalando sua vitória.
Vitória com cheiro de sangue,
O meu sangue.
Não que essa seja parte importante da história.
Quando lúcida voltei,
Percebi que já estava morta.
Não somente o quintal era gélido,
As árvores agora não faziam seu desabono apenas à minha volta.
Mesmo com o coração literal dentro do peito,
Sinto que em mim nunca mais haverá jardim.
Não estando satisfeitos, decidiram que esse era meu ponto final.
Deixaram essa dor imanente em meu peito,
Nessa morte viva fatal.
- Autor: Aella Marinn (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 3 de agosto de 2022 21:15
- Comentário do autor sobre o poema: A sensação de algo que me foi tirado, meu espaço de conforto, a visão do meu quintal com as árvores cortadas, com um burburinho sem fim, me fez encher de desgosto, infelicidade sem fim.
- Categoria: Natureza
- Visualizações: 59
- Usuários favoritos deste poema: Duquesa
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