Ilha
Chuva, ventos soprando ilusão, o amor enche a alma de ternura... sou voos, enlaço-me nas asas da imaginação, com os pássaros, iludida, vou. Sou uma serra aqui, ali, em serra por todos os lados me transformo, sem sol, descansar é preciso, com a dureza pela sobrevivência, não me conformo, sou uma ave cega, sou feita de sonhos, com frio, n'uma árdua realidade de vã esperança, os meus pés vão inocentes deixando o chão, viajam nas fantasias, para trás, deixo as lembranças...
rompendo galhos, verdes, e secos rangendo, ora para lá, ora para cá... n'um balanço, iludida feito criança, vou, temerosa, sou, e ao contrário de mim, a vida não recua, e eu quero ir, quero ir, n'um ir sem fim, mas sei vou voltar, sozinha não vou muito longe, o amor que ligeiro pulsa em meu coração, feito o beija-flor, anuncia n'um grito a tristeza da flor que deixei... cansei, vou dormir só, só como ninguém, uma ilha eu sou, se me dou, mas só sei ser por inteira, para onde quer que eu vá, sã, sou amor.
Liduina do Nascimento
- Autor: Liduina do Nascimento (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 2 de agosto de 2022 11:36
- Comentário do autor sobre o poema: A vida
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 4
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