MISÉRIA POÉTICA

... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol



Vi-a, erodente trova, chorã, fustigada

Vãs rimas, mesmo assim, com melodia

Em seu lânguido versejar, desvairada

Queixar do amor, qualquer, na poesia

 

Sensível, miserável. Verso apaixonado

Duma emoção, que assim, me seduzia

Escorrendo na trova ardor enamorado

Num prelúdio divino de afeto e agonia

 

Me feriu. Em cada cântico a dor ecoava

Do poeta golpeado, então, resvalava

Da poesia: pranto, sussurro e clamor

 

Suspirei. Gemia o verso num lamento

De inquietação, sensação e sentimento

Da miséria poética sofrente de amor...

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

29 julho, 2022, 14’33” – Araguari, MG

 

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)

Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.