SONETO EM REVERÊNCIA

... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol



Evocar o tempo, e nesta saudade em rudez

as lembranças são qual suspiros de tua ida

o silêncio invasor na casa após a tua partida

pra morte, igual, desfolho outonal em palidez

 

Fatal e transitório, a nossa viveza é vencida

pelo sopro funesto, ao sentimento a viuvez

Julho, agosto, setembro, vai-se mês a mês

ano a ano e outro ano a recordação parida

 

Da saudade filial, que dói numa dor doída

de renovação amarga e de vil insipidez

que renasce na gelada ausência sofrida

 

No continuar, o vazio, traz pra alma nudez

chorada na recordação jamais esquecida...

Neste soneto solene: - sua bênção outra vez!

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

13 de julho, 2016 - Cerrado goiano

À morte de meu pai

 

Naquela madrugada, o seu silêncio escreveu saudades e com ele sua morte trazia...

Acordaste do sonho da vida, e tuas lembranças, nos acolhia.

 

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Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado



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