Eu só queria que você voltasse
Mas, os mortos não voltam
A ida é, uma mão única
Uma única mão
Uma única passagem
De ida
Os mortos não voltam
E a verdade é você
O exemplo é você.
Que nunca mais voltou.
Agora, costumo voltar
Voltar em minha mente
Sempre.
Volto em minha mente
À procura de lembranças suas.
Eu sempre lembro
Daquele dia
Que você se foi...
Era Dezembro
Lembro que nevava
Lembro de você...
Olhando para mim
Lembro de você sorrindo
Lembro.
Lembro.
Fazia frio
Foi um dezembro frio.
Você deitou e dormiu
E nunca mais emergiu
Seus olhos
Tua face
Relaxou em um sono pleno e eterno.
Lembro do frio... daquele dia.
Agora...
Sempre volto a dezembro
Toda vez.
O frio daquele dia
Me acompanha
Fielmente
E fielmente lembro de você.
(Era um dezembro frio)
Agora, todos os dezembros
São macabros e frios
Pois, dezembro, me lembra sua partida.
É... Eu só queria que você voltasse
Mas, os mortos não voltam
A ida é, uma mão única
Uma única mão.
Eu só queria que você voltasse
Mas, os mortos não voltam
Eu só queria que você voltasse
Mas, os mortos não voltam.
Mamãe, você me faz falta.
Agora, sempre é frio.
- Autor: Fenix (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 6 de junho de 2020 11:55
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 40
Comentários2
Belo poema nostálgico, como sempre são belos!
Obrigada!
Poema de uma dor da ausência, belo, triste e emocionante, com a característica da tristeza em um olhar oblíquo das possibilidades... No entanto, afeto e o amor são pontes que transcendem à morte...
Obrigada!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.