BTAC

A Condessa


Aviso de ausência de BTAC
NO


 

Afastado do mundo 
Tenho me mantido. 
Me refugiando no meu Castelo
 Atrás de abrigo.

O Castelo da Solidão, da melancolia e do sofrimento.
Sim, esse foi o lugar ideal 
Para um Conde infeliz como eu 
Que depois de lutar tanto
Tristemente pereceu.
 Trancafiado e infeliz 
Eu via a vida passar
Pensando que seria impossível
A felicidade algum dia alcançar.

E quando eu menos esperava
Certo dia avistei pela janela 
Uma desconhecida donzela
E assim que me viu 
Acenou e sorriu.

Eu não soube reagir àquilo 
Aquele belo e lindo sorriso.
 Por que alguém sorriria 
para mim ? 
Apesar do meu luxo e riqueza
Poucas pessoas sorriam
Ao ver minha tristeza.

Quis convida-la para no meu 
castelo entrar,
Mas tive medo da Donzela recusar.
Afinal, ela só estava ali  
Para colher as flores do meu jardim.
 Quando ela estava para ir embora,
Eu rapidamente a chamei
E com medo a convidei.
Alegremente, a Donzela aceitou.
As portas foram abertas 
E ela entrou...

No começo ficou surpresa.
O Castelo era grande e
pouco iluminado
Mas a Donzela nem ligou.
Ao meu lado ela andava
E o Castelo eu lhe mostrava.

 Quando nos aproximamos da luz,
O seu rosto eu pude ver.
Era puro e encantador,
Com os seus atraentes lábios
E um sorriso tão sedutor.
Sim , eu estava na presença 
de Afrodite, a deusa do amor.

Passamos um longo tempo conversando.
A Donzela dizia coisas lindas.
Ela era meiga e adorável
Além de ter uma mente formidável.

 Dia após dia a Donzela vinha,
E muito bem me lembro 
Das tardes que conversávamos,
E palavras de amor trocavámos.

Por mais que eu a amasse,
Nunca ousei beija-la, 
Pois tinha medo de infecta-la.
 Não merecia sentir o doce sabor dos seus lábios...
 

Apesar dos nossos fortes laços,
Nossa separação não pôde ser evitada. 
A guerra alcançou nosso reino, 
E eu ,como fiel servo de Sua Majestade, meus homens fui 
liderar.

Com grande magoa dela me despedir,
E o seus olhos em lágrimas
Fizeram meu coração partir.
 Ó Donzela ! Perdoe o seu Conde.
Eu te amo mais do que tudo,
Mas não posso fugir de meu dever.
Os Sarracenos tenho que deter 
Meu país devo proteger 
Os inocentes libertar
Por Deus e pelo rei devo lutar.

E com isso, no meio dessa 
sangrenta guerra,
Aqui estou eu...
Fadigado e ensanguentado.
Meus homens deram suas vidas
 pelo rei, e agora, apenas eu restei.

Rodeado pelo caos e o horror,
A morte e o pavor,
Forte eu permaneço,
Tendo apenas o desejo 
De algum dia voltar pra ti...
Minha Donzela 
Minha Deusa
Minha Condessa.

  • Autor: BTAC (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 5 de Julho de 2022 05:06
  • Categoria: Conto
  • Visualizações: 10


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.