O mal que foi endeusado me rodeia 
e quando gritei que não tinha mais medo,
eles me jogaram na cadeia.
Eu estou aqui, por todos aqueles que foram mortos
pelo mal que existe no mundo.
Descobri que os monstros
andam atrás dos muros,
desde então,
já não tenho mais medo do escuro.

Satisfação,
pra quem não me conhece
eu sou a poeta que vai chegar no topo.
Tá querendo nos salvar?
Com uma arma nas nossas costas
vão fazer o de sempre, nos matar.
Mas se bem que suas mãos não se sujam
o sistema vai dizer que é sorte
quem diria,
somos culpados pela própria morte.

O sangue dos meus 
escorre pelo meu rosto 
e quanto mais eu grito
mas tapam minha boca.
Vão ter que fazer mais pra
me calar,
lembra daquele trecho?
Buscando justiça por aqueles
que não podem respirar.

Desde nova nesses b.o da vida
vivi 1 mês comendo salsicha,
abençoada demais pra reclamar 
na luta diariamente pra não ver 
nenhuma criança perguntando:
"o que a gente vai jantar?"

Vou dar tudo de mim 
se o plano A não rolar,
o B vai ser...
continuar a tentar.
O terror da sociedade,
o bug do sistema 
aquela pedra no seu sapato
te incomodando pra voltar a realidade.

Meus primos caídos no chão
me lembram que eu não posso errar,
as sirenes na mente como um sussurro:
Lavinny, você não pode vacilar.
Tive todas as oportunidades
pra entrar no crime
mas eu não sou o que 
projetaram de mim,
seu discurso de ódio
já não me deprime.

Antes de almejar o topo
olha pra frente, 
com todo respeito sr. presidente,
o Brasil tá muito diferente.

Os novos poetas estão
se levantando,
saindo do poço 
na lama te afundando.
E pra quem tá no topo,
segura firme
a gerência tá presente,
mente blindada
ligando pra nada.

E se você me achou 
revoltada, aguarde 
um momento,
é só o começo da caminhada.