Sou poesia em um mundo tão frio.
Mas meus versos encontraram
aquele que é música,
e juntos nunca se viu algo tão inteiro

Como no Baião do sanfoneiro
Bailamos
Juntos aquecemos este frio
Que manifesta-se no arrepio.

E nos passos de bailarina faço harmonia
Meus versos dançam nos braços dessa canção
De um galanteio: 'sou música, quero-te poesia'
Entrego-me toda, alheia ao alvedrio

E quando a tríade do acorde encontrar
Serei tua, serei tônica
E enquanto a sanfona chorona bailar
Da frieza sisuda e crítica eu quero olvidar