Sou ogro de mim mesmo,
Quando minha mente
Paira sobre pensamentos maldosos;
Sou o lobo que a mim mesmo devora,
E não tem hora para atacar!
Contrafeito, nervoso e temeroso,
Pelejo contra minhas duas partes
Que se repartem
Em boas e ruins partes,
Luto contra meus
Dois lados que se digladiam,
No afã de debelar a ansiedade
Que me devora
O instante de sanidade!
Nesta hora
De batalha interna,
Sou ogro de mim mesmo,
A lutar para apartar-me
Da minha outra parte --
A sombra da iniquidade,
O lobo que me espreita
E que me apavora!
Fugir como da dualidade?
Sou ogro de mim mesmo:
Parte boa e parte da maldade!
- Autor: Poeta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 5 de junho de 2022 10:15
- Categoria: Surrealista
- Visualizações: 19
Comentários1
Revelador poema. Mas não estás só. Somos ambivalentes, bom/mau, positivo/ negativo, ovelha/ lobo mau e pela vida vamos nos desvendando e nos surpreendendo com essa dualidade ambulante que somos! Chapéu!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.