Quem sabe

Samuel SanCastro


Quem sabe um dia, no auge da alegria, eu falo com aquela menina
Sem gaguejar ou estremecer, venço o medo, esqueço a sina
Da cotidiana rotina de apenas vê-la desaparecer enquanto vira aquela esquina


Ou quem sabe em uma noite de neblina, em que o frio me traga a coragem, e quem dera a sina
De oferecer o meu refúgio, o meu calor. E por um momento tornar-se o seu amor.


Quem sabe algum dia
Eu acabe com minha vergonha e crie coragem


Quem sabe não há noite nem dia
Quando o quem sabe
Esquece o quem
E apenas sabe
Como sabe a noite, a neblina
Como sabe a hora, a rotina
Como sabe a rua, a esquina
Convenço-me que também te sei, Menina


OU QUEM SABE DE TANTO EU OLHAR
E VIRANDO O ROSTO ELA VAI PERCEBER
NA VIRADA DA ESQUINA A DOCE MENINA
FINALMENTE VERÁ QUE EXISTE UM SER
QUEM EM UMA NOITE DE LUA NO MEIO DA RUA
SEM NENHUMA NEBLINA ELA POSSA ME VER


Nossos olhares se cruzam
E eu consigo entender
A verdade nua e crua
De que nada se sabe
De quem se vê
Pois ela só se nota
No exato instante em que eu mesmo
Consigo saber quem sou

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Comentários4

  • Samuel SanCastro

    Obrigado, amigos!

    É sempre bom poder compartilhar ideias e crescer com a luz e a sabedoria de cada colega.

    Gratidão!

  • Crica Marques

    Ficou lindo! Pena que não deu tempo para mim... estarei no próximo, de qualquer forma gratidão pelo convite. Abç

    • Samuel SanCastro

      Se você fizer um mesclado eu corro pra participar, Crica kkkk

    • Vilk Andrade

      Ficou muito bom ! Eu também não vi a tempo de participar.Mas agradeço o convite. Forte abraço e parabéns a todos os poetas.

    • Ana Carmo

      Ficou lindíssimo! Pena não consegui participar, pois estava cuidando dos meus sobrinhos para minha irmã não adoecer! Obrigada pelo convite!



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