E, queres que te deslembre subitamente
e que apague os versos para te inspirados
os que aos bocadinhos foram enamorados
desde quando o querer ainda era pendente
Deixe que cada verso dissolva lentamente
no evocar do passado e, então, pingados
na lembrança, assim, do peito arrancados.
Deixe-me, cá, com meu silêncio audiente
Dá-me um momento, menos, a cada dia
que assim possa esvaziar a minha poesia
de uma maneira que eu saiba sem saber
Esquecer-te tão de repente, inteiramente
eu nem sei se um raiar pode ser suficiente
pois, é malvadeza, e faz tirano o alvorecer
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
19 de maio, 2022, 16’42” – Araguari, MG
Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)
Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Vídeo poético no Canal do YouTube:
https://youtu.be/7VP_Gm5YfW0
- Autor: poeta do cerrado - Luciano Spagnol (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 22 de maio de 2022 15:55
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 8
Comentários2
Parabéns pelo lirismo deste poema . Teu eu emotivo está bem afiado. Aplausos!
Poetisa, obrigado. Meu abraço caloroso.
Esquecer-te tão de repente, inteiramente
eu nem sei se um raiar pode ser suficiente
pois, é malvadeza, e faz tirano o alvorecer...
Concordo plenamente! Lindo poema!
Boa noite, poeta do Cerrado!
Gratidão poetisa pela leitura e comentário. Abraços.
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