SONETO INDIGENTE

... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol



Na entranha dos poemas tenebrosos

O silêncio parece ter palpitante vida

E a solidão, sobre a poética refletida

Traz ocos e sentimentos impetuosos

 

Pela sofrência, em salmos lamuriosos

Sussurra a prosa em uma rima sentida

E a versificação senti tão enternecida

Os cânticos rumorejantes e vultuosos

 

Em odes sombrias, a privação, o pesar

Ah! soneto indigente, deixai-me livrar

Da situação importuna que tempestua

 

Priva-me do verso esfolado, crucificado

A aflição, as matinadas, de um passado

Que suspiram na poesia sibilante e nua!

 

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

Maio, 16/2022, 18’16” – Araguari, MG

 

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Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado



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