A decepção
É a marca da desilusão
A que se paga pra ver
As iniquidades
Quais ervas daninhas
Se multiplicarem,
Encontrolavelmente crescerem
No solo fértil para nulidades
Vicejarem
Enquanto o pobre brasileiro
No cativeiro
Da dor e da privação ,
Passa fome!
Mas aqui, tudo está bom!
Se dá o tom
De se pagar uma fortuna
Para uma turma que não vale
O que come!
Quem toma conta
Do que não lhe é da conta ,
Na indecente partilha,
Trilha da festança
De contumazes espertalhões
Se digladiando na comidilha,
Sabe que a muamba
Não lhe cabe,
Mesmo assim,
Para si toma
Boa parte do bolo,
Se lambuzando
Na mamata,
Tremendo rolo
A que se presta!
Festival
Da desolação,
Baile dos horrores : Salatião
Se refestelando
No banquete,
Mutreta, joguete
De tubarões
Sedentos de sangue, devorando
Seus confrades tubarões
No bacanal,
Comilança
A que se presta,
A turma que não vale
O que come,
A se esbaldar
Na festança,
Enquanto seu irmão
Passa fome!
- Autor: Poeta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 12 de maio de 2022 22:48
- Categoria: Sociopolítico
- Visualizações: 25
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