DISSIMULAÇÕES
Debaixo da roupa
a tua verdade.
Escondendo no olho
O teu olhar farsante
Nos enganos
de tua realidade
Aquilo que ufana no teu peito a todo instante.
A soberba que a tua caridade engrandece
É a mesma em que a tua santidade se desfia
E que tua alma
grandiosa enaltece
Acobertada
pela tua hipocrisia.
Teus dedos lapidam as contas de um rosário
E a cruz peitoral no teu busto é reluzente
E o amor
nem como relicário
É a chama
de um coração ardente.
- Autor: Carlos (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 9 de maio de 2022 10:14
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 17
Comentários1
Ótimo poema ,pleno de paradoxos e antiteses de primeira grandeza! És magistral e acertas sempre no alvo!
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