SONETO DO TEMPO

... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol



Oh, gris lembrança da juventude

Em sua misteriosa é veloz dança

Baila em seus braços a plenitude

Da vida. Em acelerada perseverança

 

Oh, pálida saudade que em mim lança

Fascínio pela nostalgia do avelhentado

Quando rogo o retardo como esperança

Não como imaculado... Triste fado!

 

Oh, chaga de desejo atormentado

Que sangra o passado abortado

Pelas rugas do ensejo marcado

 

Desdita, sucessiva, rude, lascívia

Movimento retilíneo em única via

No passar do tempo à revelia...

 

(recompensa, experiência, sabedoria.)

 

 © Luciano Spagnol - poeta do cerrado

11 de maio de 2010; 16'59' – Rio de Janeiro, RJ

 

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)

Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado



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