Paulo Luna

Paranoia social

A rua está cheia de neuróticos

E eu sou mais um. De neuróticos podres

De células podres. De fígado podre. De rins

Podres.

De olhos podres

A rua está cheia

De veias entupidas. De gargantas inflamadas.

De olhos rudes. De ouvidos surdos. A rua os neu

Róticos e eu nos confundimos

 

A rua está podre

Cheia de pegadas cheia de gotas de sangue

Cheia de nus morais a rua está cheia

De paranoicos loucos estoicos

E eu sou mais um de neurônios derramados

Inundado de poluição

Louco doido varrido cumprindo uma

Função social

  • Autor: Paulo Luna (Offline Offline)
  • Publicado: 6 de Maio de 2022 21:04
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 7


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.