FLOR DE SANGUE
Não devo carregar comigo os atores que me feriram
Não devo carregar mágoas, ressentimentos nem arrependimentos
Carrego comigo o perdão, a aceitação
O amor em convulsão
E sigo meu caminho em paz
Na plenitude do meu coração
Carrego comigo uma flor de sangue
De viver tudo no instante do meu amar profundo
Que brotam e estão guardados em minha mente
A entregar na hora e na medida certa
Todos os meus desejos secretos e intensos
Hei de ser por toda uma vida
Verso em lira
Poesia solta que me leva e me levita
Para além do arco íris
Um jardim flor de sangue
Pulsando em todas minhas veias
E ter o doce do meu organismo
Sem remorsos de quem violou o meu coração
E o deixou ferido
Não devo carregar comigo
Dores de tão poucos amores
Da fraqueza da tua paixão prematura
Porque meu coração flor de sangue
Não vive sem a Arte!
Tinge o céu de púrpura
Se espraia pelas montanhas feito uma pintura
Percorrendo todas as ruas de toda uma vida
Ele é o canto à mercê da minha poesia
Que cicatrizou a minha ferida
Não devo carregar comigo as dores
De falsos atores que contracenaram comigo
Nem as angústias que antecederam todas as minhas noites
Hoje sim carrego comigo o amor
A plenitude de que sou inteiro
Que não te preciso
Mesmo naqueles instantes que vivi mais do que aflito
Preciso de mim, do meu frescor
Do meu amanhecer, do meu sol e do meu tranquilo anoitecer
Preciso do meu Deus que carrego comigo
Dos murmúrios do mar
Do sol, do vento, do afago e do abrigo
Que em minha flor de sangue
Rego feito um chafariz
Secando toda e qualquer cicatriz
A brindar um novo alvorecer
E a coragem intensamente de viver!
Vlad Paganini
‘Vazias as veias que não correm sangue
O pulso que não bate, não palpita
O beijo que não se entrega, que não arde
Quero a flor que em meu colo pulse ardente
Que aplaque meu desejo
Que me regue em cor púrpura
Em todas minhas partes
E que se torne vínculo
Em minha flor de sangue’
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
- Autor: Vlad Paganini (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 2 de maio de 2022 07:29
- Comentário do autor sobre o poema: 'Feliz aquele que permite que a flor de sangue corra em suas veias'.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 10
Comentários1
Adorei este fluxo viscoso poético!
Abraços ao poeta Vlad, o Conde da poesia.
obrigado meu querido amigo poeta Shmuel, aliás já escrevi o diálogo com a sua poesia. vou postar lá no seu perfil. ok? super abraço!
Ficou show! Já li e comentei.
Abraços!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.