NO
Pálidas lembranças no retrato dessa infância,
turbilhão de momentos generosos,
entre bolas, pipas, sonhos e brincadeiras.
Pungente resplendor dessa adolescência.
Entre vagabundas tardes ensolaradas,
despreocupados jogos, horas felizes, chutando latas.
Noites aconchegantes ao travesseiro...
Proteção permanente dessa casa simples.
Mãe, sempre presente! Pai sempre ausente!
Retrato dessa infância resplandecente.
Ébrio passar de tempos, sem desconfiança,
mergulhado na recordação da tua estória.
Dessas reminiscências resta lembranças vagas.
Um homem perplexo precipitando tédios,
sem campos abertos para correr, entre cidades.
Sem fantasias, sem primaveras, desfez-se uma criança.
Ficaram para trás aqueles campos, aqueles sonhos.
Distante, ficaram os momentos das bolas, dos peões,
dos irmãos entre brigas e brinquedos, nessa casa.
Agora cidades e concretos nessas lutas desse homem.
- Autor: JTNery (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 29 de abril de 2022 06:33
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 9
Comentários1
Fiz uma poesia num sarau que o tema era infância, sabe... É mais ou menos isso que eu escrevi, mas era algo mais melancólico.
Bom dia.
Onde está essa sua poesia? Gostaria de ler.
Um abraço.
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