NO
Esses caminhos entre minha infância e a velhice.
Deixou-me fragmentos nas lembranças de outrora,
nessas estradas de lutas, persistências e denodo.
Muitas aventuras nessa andança, nesses reencontros.
Foram tantas emoções, tantos amores, tantas primaveras!
Recordo-me do meu primeiro beijo, tão longínquo, tão borrado,
das intemperanças nessas conquistas, nesses afagos a esmo,
dos momentos de embriaguez por esse vinho e seus beijos.
Sempre esse caminhar por estradas tortuosas, sem destino,
muitos amigos, muitos desamores, muitas paixões...
Entre lembranças meu andar incerto encontrou um porto!
Outros portos vieram e se foram tantos sonhos, tantos sentimentos.
Agora, no limiar da minha vida, tantas lembranças,
tantas estradas percorridas, tantos arrependimentos,
tornaram-se nostálgicos nessa casa, entre livros, sem alarde.
Abstratas manhãs alimentam minhas carências, nessa contemplação.
Finda os tempos, engendrando tantas ironias impertinentes!
Já ficou tarde para aventuras, para loucuras, nessas marcas, nessas rugas.
Fundamental é perceber essa monotonia. Entender o tempo que passou!
Navegar novos mares, entre calmaria, entre penumbras sempre.
Nesse caminho, percorri pradarias, campos e êxtase.
Me perdi entre promessas, renúncias, rancores e remansos!
Imprescindível esse caminhar, sem medo, entre sonhos.
Sentimentos desse tempo me consumindo, entre lembranças...
- Autor: JTNery (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 28 de abril de 2022 06:57
- Comentário do autor sobre o poema: Já ficou tarde para aventuras, para loucuras, nessas marcas, nessas rugas.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 7
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.