Num desmedido orifício

Paulo Luna

Num desmedido orifício

O horizonte se quebrou

Tomou a forma inconclusiva

De avariados metros

Quando chegou

Um imperador do oriente

Me disse para ir lá

Que eu iria ser feliz

Vivendo em terras diferentes

Esbarrar com outra gente

Mas veio a chuva

E não pude viajar

Procurei um sonho

Que pudesse me alentar

 

Mas no mercado de ilusões

Não tinha nenhum para comprar

Tive que retroceder

E no horizonte dissolver

Os cataclismos anunciados

Revirando então os dados

Me deixei ficar

Sentado numa pracinha

Esperando para ver

Se ali chegavam notícias

Que me deixassem dormir

  • Autor: Paulo Luna (Offline Offline)
  • Publicado: 20 de abril de 2022 18:30
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 18


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.