a minha rua, o meu prédio e apê. Agora você.

Numa tarde cansativa, chegar na minha rua me alivia e me dá alegria.

Ver e entrar no meu prédio é chegar em casa depois do mistério do tempo, mistério? sim, o mistério da demora do tempo que era até o meu prédio, apenas para ir ao meu apê ficar no tédio.

No meu apê, eu descanso aquele dia todo cansativo do trampo.

Minha vida era minha monotonia de pensar assim, mas acontece é que eu te vi, te senti e de repente nada mais era assim, a monotonia ficou passada e agora o que eu penso é que daqui a uns anos, eu pegue num papel, nem que seja um lenço e escrevo como titulo "a passada" e na primeira linha esteja que foi com você que ela foi passada e se me perguntarem eu falarei para lerem e la estará que foi você o meu motivo e desafio disso, que fez meus pensamentos virarem do avesso e fazer na minha vida outro recomeço.

A minha rua agora é o lugar onde eu quero que seu pai erre o caminho igual ele fez na estrada, ou que sua mãe esqueça que é aquela rua como ela esquece de algumas coisas, mas ali eles sempre acertam, e quando acertam eu aperto sua mão como se estive transmitindo o que eu to pensando, que no caso é "fica aqui comigo no meu canto".

Na frente do meu prédio, onde você me dá o ultimo beijo, aquele beijo que é o que me da mais desejo de te ter para sempre, eu te dou um sorriso, nesse sorriso eu deveria receber um premio de atriz por sorrir com vontade de chorar berrando e perguntando o por que de você ter que ir e quanto eu passo daquela porta, o peito dói e aperta me a alma e tira me a calma.

Nos meus passos lentos de sofrimento, chego no meu apê, lá dentro quando já estou sozinha deixo transbordar o vazio que fica toda vez que você me deixa aqui sozinha, eu sei que não você não o faz porque quer, mas se eu pudesse te fazer poder ficar eu faria, por que agora eu odeio mesmo quando estou cansada e quebrada, ficar sozinha.

Quando estou lá sem você as lagrimas que eu não soltei no momento em que eu não gritei "fica" escorrem, no futuro se ainda usarem o papel, escreverei como o mundo foi cruel e como dois adolescentes provaram que as partes onde a gente só quer gritar "fica" é onde cada vez a gente mais sente e que nós dois somos a prova de que isso pode sim durar para sempre