Jeazi Pinheiro

Algo, o Eterno e o Nada

Tudo existe.

Eu existo.

Algo existe.

 

Tudo no mundo

Que é de mais moderno

Que não se alimenta de algo

Não resiste,

Pois o Nada,

Jamais será Eterno.

 

Algo precisa

De alguma coisa

Para continuar

Sempre existindo,

Como a Eterna Morte

Com os sonhos na vida,

Para permanecer

Sempre dormindo.

 

O eterno como o tudo

existencialmente taxado

E por muitos,

Consubstancialmente adorado,

De nada precisou,

Pois nenhum jamais existiu.

 

A vida eterna

É a maior ganância

Do homem vil,

Que faz do nada,

Essencialmente algo,

Para se sentir sempre

Eternizado.

 

Jeazi Pinheiro, in “O Último Poema”.



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