Flores de inverno
Fazia tempo que nas noites, a lua trazia uma claridade maior, límpido céu, ventos fortes nas folhagens, sobre o telhado do alpendre, galhos pendiam, a sensação de serra, festiva amanhecia, no alvoroço dos pássaros, as flores pareciam brincar de balanço, mas faltava algo.
Depois
o céu ia ganhando aquele azul, as nuvens em fileira, mais brancas, o sol tanto brilhava quanto ardia na pele, e... no calor intenso, a agonia dos dias, olhos e alma encandeados caminhando como num deserto, a poesia sumia, com jeito de que não mais iria voltar, e a alma louca se perdia.
Surpreendente
era o amor, enquanto o tempo acontecia, não deixava de amar... veio um inverno tão lindo, tão inesperado e a alma agoniada, cedeu, enquanto o sol sumiu, o tempo fechado nas noites, a lua encobriu, foi quando a alma sorriu, sorriu com a chuva, de tão feliz, contava dum inverno tão sonhado, que se realizou.
Flores
de inverno, que realçaram a beleza dos dias, inverno que tão gostoso quanto o amor que havia no peito, à vida, de doce magia, os dias e noites chuvosos de calmaria e de frios, trouxe paz, trouxe gotas na janela e a poesia retornou. Não faltava mais nada, o inverno, traz de volta, a minha alma.
Liduina do Nascimento
- Autor: Liduina do Nascimento (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 1 de abril de 2022 16:50
- Comentário do autor sobre o poema: Calmaria
- Categoria: Carta
- Visualizações: 14
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