Não me venha com subterfúgios,
desculpas esfarrapadas,
justificativas sem alicerce.
Motivos, sem pé nem cabeça,
argumentos estranhos,
razões que a própria razão desconhece.
Ah, assim é o texto,
que sem contexto,
mostra o pretexto,
que sempre se dá.
Não julgar para não ser julgado,
é uma ponte melindrosa,
com sustentáculo decomposto.
E o “cada um com seu problema”,
mostra o tamanho do buraco,
que dá ênfase ao pressuposto.
Ah, mas o texto,
fora do contexto,
é um pretexto,
não tem como confiar.
E o disse que “eu não disse”,
volta e meia, ganha perna,
expõe o fato sem decoro,
sustentando a incoerência,
da notícia patranheira,
que acaba em desaforo.
Ah, o texto é “esse”,
descortinado no contexto,
realça como pretexto,
e seu fito é falsear.
E, da vida, nada se leva,
quando o texto é fugaz,
criado sob um contexto errático.
Transforma-se num pretexto,
cético, pérfido e cortante,
deixando o mundo umbrático.
Ah, o dito texto,
quando envolto num contexto,
dá ênfase ao pretexto:
- Sim, senão o pior virá!
- Autor: Marcelo Veloso ( Offline)
- Publicado: 31 de março de 2022 08:08
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 8
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