Divina mulher, sangria sagrada
Em seu peito o perfuro do tiro
Tiro que a deixa sangrando, volúvel, volátil
Era encanto, canto que se transformou em dor
Dor de muitas mulheres, que sofrem pela rejeição, pelo desfeito da sociedade
Sociedade sanguinária, transforma sorriso em choro, grito, pranto
No encanto de uma mulher, há um canto de lágrimas, revoltas e ainda prazer
Prazer em lutar, em fazer de sua vida um gozo real, sem mentiras, sem amarras, somente vida

Mesmo machucada, há o desejo de amar, ser amada, contemplar ser contemplada.

Soubera ela, que pra tudo há uma estação
A estação das colheitas do amor já esta a se aproximar
Choro, grito, lágrimas, tudo não passa de um tempo
Tempo passado, lutado, enterrado

Basta deixar que a cada amanhecer o sol cumpra seu dever de curar, as feridas e a alma

Alma menina, ferida, cheia de esperança e desejos de um dia ser tratada com respeito.

Sem as mentiras e mal feitos dos homens imperfeitos.