FLORES CARBONIZADAS
O mundo é uma muralha
E eu aqui fora dele
Dentro dele
Sem rosas
E sem jardins
Catando aromas
De outros jasmins.
São muitos os idiomas
Não sei se calo
Não sei se falo.
São tantos fins
E pouco sim
E muito sim
E dentre dele
E fora dele
São tantas flores desidratadas
E sem carmim.
Flores que explodem
Flores que sangram
E se sacodem
Desacordadas
sob as centelhas.
Rosas pálidas
Flores vermelhas
Despetaladas
Calcificadas
Carbonizadas...
Parece o fim!
- Autor: Carlos (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 12 de março de 2022 01:03
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 9
Comentários2
Muito bom, Carlos Lucena!
Senti nos versos a sensação de aflição e dúvidas do futuro.
Abraço, amigo poeta
Dúvidas e incertezas presentes no poema, mas bem construído.
Boa tarde, Carlos Lucena
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