Marçal de Oliveira Huoya

Abismo

Tenho medo, muito medo
De viver sozinho no meio de tanta gente
Medo que você não venha
De viver no degredo
De não lembrar da senha de abrir sua alma
Medo que você não tente
Medo que você desista
E me deixe só  e que eu perca a calma
Medo que eu não resista sua hibernação
Medo que sua paixão só tenha sido um encanto
Algo tão passageiro e que o tempo esfrie o ano inteiro
Que você não me queira tanto como eu te quero
Medo que o teu medo se torne desencanto
Que seu veredito seja severo
Medo tanto medo
Que não enxergo meu futuro
Medo que me deixa cego
E me deixa mudo medo do escuro,
Medo de tudo
Tenho medo de dormir, medo de acordar
E descobrir que você já não está lá
Tampouco aqui e em nenhum lugar
Medo que minha poesia não mais te surpreenda
Que você não me entenda
Medo de arrastar correntes na eternidade
Medo de sentir saudades
Medo do fogo eterno
Medo do inferno de viver sem ti
Medo do Paraiso, medo que o teu sorriso
Não vai mais sorrir
Medo que nosso começo  tão bonito em cada momento
Tão divino e divertido
Com o tempo seja esquecido
Levado pelo vento... 

  • Autor: Vênus (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 11 de Março de 2022 20:01
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 7

Comentários1

  • LEIDE FREITAS

    São medos em demasia. Expressão poética? Na poesia cabe tudo.

    Boa tarde, poeta Marçal



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