Dia de respeito, dias de preconceito 

Ontem, dia internacional da mulher.
Rosas, elogios e homenagens para aquela.
O machismo diário camuflado em palavras 
que dizem querer evoluir, mas continua a insistir no erro,
é deixado de lado, como um cessar fogo. 

Num passado não tão distante, 
17 foi apertado esquecendo todos os seus atos “falhos”. 
Às mulheres, aquelas mulheres que respeito, entendem 
que o dito por aquele era pura brincadeira. 
Ou não se pode brincar mais? 

Num passado não tão distante,
acreditava que puxar mulheres nas baladas
era coisa de macho alfa. 
Hoje, tenho que tomar cuidado.
Afinal, tudo é assédio sexual.

O politicamente correto é chato. 
Não se pode mais brincar, 
nem cantar, muito menos encostar. 
Tudo agora é mi mi mi.
A minha piada agora é vista como errada. 

Sigo minha vida acreditando ser maneiro
afirmar que tem mulher pra ficar,
pra namorar e aquela pra casar.
Nessa divisão, separo cores em potes distintos.
Mas, não sou machista e muito menos racista.

Hoje, pós dia internacional da mulher
visto minha roupa preferida. 
Saio orgulhoso pelas ruas assoviando
para toda princesa que aparece pela via. 
Afinal, eu sou homem porra!

Edmar Garcia
@profedmargarcia