JOHNNY11

O amor em tempos de guerra



Amor em temos de guerra
Há quem ache romântico
Ter o nome da mulher mais bela
No meu cântico
Eu por ela
Sou capaz de causar de causar o pânico
A matar do coração 
A trocando por letras de câmbio
Com elas escrevo o nome
Do oceano que por ela sou capaz de atravessar
O oceano atlântico
Não te deixo passar
Sem me ouvires primeiro

 Quando toca
 A campainha da escola
Todo mundo sai porta fora
Aproveita a folga
Na biblioteca antes da prova

Mas está mais do que visto
Que eu vou à escola para passar os livros
No fundo sou o puto que se esforça
Que se mata e esfola
Para ter a nota mais alta da escola

Não entendo quando um colega tem um suficiente
E mesmo assim não se dá por contente
Já eu por mais que tente
Não saio da cepa torta
Será falta de desejo de aprender?
Mas eu aprendi que não devo ripostar quando alguém me magoar ou ofender

Mas hoje eu quero
Voltar à estaca zero
Construir o meu próprio império
Com todo meu esforço
Nada de novo

Vou contar com a minha raiva
Para apresentar esta faixa
Resta saber se encaixa
Com a tua caixa
De palavras

Sou o génio
Da lâmpada
O génio higiénico
Que deixa a tampa
Num brinco
Com afinco
Engraçado como a beleza cansa
Não tem um minuto de descanso
A nossa relação está sempre em constante mudança

Pede três desejos
Amor saúde e carreira
Que eu peço-te um beijo
Mesmo à beira
Do meu rosto
Não foi a primeira
Nem há de ser a ultima vez
Que tomas-lhe o gosto
Tal foi a forma que te caiu no goto

 Quando toca
 A campainha da escola
Todo mundo sai porta fora Aproveitando assim a folga
Para mergulhar a cabeça nos livros

Um, dois, três. Corta!
Esta não vai entrar 
Fica para a próxima
Só tenho de me concentrar
Entrar no personagem
O pajem de espadas
E memorizar as suas falas

Não me olhes com esse tom de voz
Se tens amor à vida
Deixa-me só
Falar com a tua prima
Desfazer o nó
Que ela tem na garganta
Um nó que dá dó
Peças que caem umas sobre as outras
Tipo efeito dominó
O qual eu faço as honras

João Braga
Ao seu dispor
Se tens olhos na cara, para
Para veres que eu sou teu maior filme de terror
Não tenho armas
Mas tenho um ar ameaçador
Capaz de destruir a piada
Que é o amor

Não brinques com a sorte
Ela pode bater-te à porta
E dar-te forte e feio

Eu tenho problemas mentais
Mas tu é que gritas comigo como uma histérica
E não venhas dizer somos sentimentais
Eu sou sentimental
Tu és fora do normal

Versos, estrofes e métrica
Que posso dizer quanto a isso
Sou uma pessoa com inteligência acima da media
Quando não sei o texto improviso
Canalizo todas as minhas energias
Para ser o melhor do mundo
Mas até o melhor do mundo tem os seus dias

 Quando toca
 A campainha da escola
Até rolam cabeças
No chão, todas pretas
Ficam a ver estrelas
Eu fico a vê-las
No céu como o rui Veloso

O tempo se esgota
Tenho de agir o quanto antes
À minha volta
Tenho vários apoiantes
Que torcem por mim

Não os vou deixar ficar mal
Vou respirar fundo
Olhar para dentro de mim
E perceber que a beleza tal
Como o dinheiro não é tudo
Que o fundamental
É ter estudos
Para ser o quê afinal?

Se até quem tem o décimo segundo ano
Se vê às aranhas
E eu pergunto
Será este poder que é o meu
Um poder que vem das entranhas
Capaz de ressuscitar um ente querido que está no céu?
Vê-se te amanhas
A mim não me apanhas
Não tenhas tanta certeza
Principalmente vindo de alguém como eu que já não tem nada a perder

Tomei-lhe o gosto
E agora não quero outra coisa
A não ser ter de volta o meu posto
Esperteza saloia?
Não podíamos ser mais o oposto
Um do outro
Eu sou digital e tu és caloira

Tem cuidado com quem mexes
Eu não sou de ferro
Sabes que o desejo cresce
E depois sobe-me o ego
E eu fico a sentir-me a última bolacha do pacote
Mesmo sabendo que à partida está partida
Vai direitinha para o caixote do lixo

Vive o teu talento
Agarra o teu futuro
Segue o teu sonho
Que tem tanto de confuso
Como de nítido
Tanto tem um parafuso a menos
Como tem tudo no sítio

É fácil ficar desmotivado
Basta ter ter o modo de avião desativado
Durante o voo
Como é que eu vou embora?

Como é que eu vou ficar para a história
Se não tiver nada para contar?
Vou entrar em paranoia
A partir do hoje só vou inventar
Que cavalgo o cavalo de Troia
Que sei nadar
Mesmo sabendo que preciso de uma boia
Para não ir ao fundo
Para não perder a vida num segundo
Mas para perder um segundo na vida
Tal como a vida deve ser vivida
Sob o controlo absoluto

Queres-me lixar?
Eu já te mostro um sinal
Rumo ao fumo
De escape
Não há quem me pare
Neste percurso
Não há quem dispare
À queima-roupa
A minha consciência está limpa e vai de vento em popa

Poupa-me?
Eu poupo
Dispo-te a roupa
Como um louco
Essa tá boa!

A escola 
Dá-me dores de cabeça
A escola
Só tem uma greta
A escola 
É uma treta
Que rica prenda

Fico nervoso
Quando me confrontas
Não para de mexer o olho
Começam-me a faltar as forças
Quem brinca com o fogo
Se queima
Quem anda à chuva
Se molha
Eu molhei-me por tua culpa!

Dancei na chuva
Fiquei doente
Em busca
Da cura
Para a minha doença
Mas sem sucesso
Perdi a crença
Eu confesso
Era uma vez um rei, com uma grande barriguinha que não se continha, comia comia e mais fome tinha como diz a lenda

  • Autor: JOHNNY11 (Offline Offline)
  • Publicado: 4 de Março de 2022 18:10
  • Categoria: Carta
  • Visualizações: 7


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