Ele toca pra você a mesma melodia, ti define com as mesmas palavras, ti reduz a mesma arte. Pobre noiva, a vida foi cruel e a morte injusta, ti peço que, por favor não me odeie pois o casamento não era uma escolha minha, e por favor não me amaldiçoe pois a vida é algo circunstancial, assim como a morte, eu ouso em dizer que é um estado de espírito.
Não me surpreendeu que quando você disse adeus se desfez em mil borboletas, assim como elas não consegue enxergar a sua beleza, seu valor, ou seu destino. Vitor não a conhece o suficiente para abrir mão de seu coração pulsante e quente por você, no fim ele não sabe o que é amor, apenas escreve sobre, não vive o que fala, é apenas uma teoria em sua cabeça.
Ti dedico todo o meu respeito, imagino o quanto aquela espada fria e afiada que foi cravada em você tenha doído, ainda assim consegues dizer que a dor de ter perdido Vitor foi maior, toda a sua curta vida foi apenas dor e traição, mas você merece o amor, puro e inocente.
-"Ama ela apenas porque está viva, não é?!" -sinto em dizer que ele apenas enxerga o superficial. Porém deixe-o ficar, e vá, o mais longe que conseguir ir, sua história será contada.
Os sinos tocam, a cerimônia começa, adeus Emily.
- Autor: Laryssa Maiumí (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 1 de março de 2022 00:18
- Comentário do autor sobre o poema: Capítulo 2 de "A Noiva" releitura de A Noiva Cadáver, texto conta o ponto de vista de Vitória. (Leia a primeira palavra de cada parágrafo)
- Categoria: Carta
- Visualizações: 19
Comentários1
Muito bom, Laryssa! Espero que seja uma trilogia.
Abraços!
A Noiva foi o meu primeiro poema que escrevi na vida! Mas espero trazer a visão do Vitor para encerrar.
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